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Bullying - é preciso identificar para prevenir e erradicar

  • Margareth Felicio Garcia
  • 8 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

Bullying, palavra de origem inglesa Bully, que significa brigão ou valentão. São agressões físicas, moral e psicológicas sofridas por crianças e adolescentes, principalmente no ambiente escolar, mas que ocorre também em todo o contexto social.


É uma prática violenta com atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, praticadas por um aluno/pessoa ou em grupos contra os mais frágeis. Os agressores “usam” sua vítimas como meros objetos de diversão, prazer e poder, com a intenção de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar.


Este tipo de violência presencial, e muitas vezes virtual, dentro das escolas e nos ambientes sociais não é novidade para ninguém e, infelizmente, está cada vez mais presente na vida de estudantes e familiares. Porém, coordenadores, professores, administradores e até mesmo os familiares só se dão conta ou tomam uma atitude quando esta prática assume atitudes grandiosas e drásticas à uma pessoa ou grupo perante ao público.


De acordo com a Cartilha Bullying, elaborada pela Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça, as formas de bullying podem ser:

  • Verbal | Insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”.

  • Física e Material | Bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima;

  • Psicológica e Moral | Humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar;

  • Sexual | Abusar, violentar, assediar, insinuar;

  • Virtual ou Ciberbullying | Bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.

Esclarece ainda que: Para identificar se uma criança ou adolescente está sofrendo bullying é preciso que os pais e os profissionais acadêmicos se atentem para os seguintes sinais:


Na Escola: No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas dani­ficadas ou rasgadas.


Em Casa: Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.


E para notar o comportamento de um praticante/agressor:


Na escola: os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.


Em casa: mantêm atitudes desa­fiadoras e agressivas em relação aos familiares. São arrogantes no agir, no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.


Achei bem coerente e cito ainda a opinião da autora sobre a influencia da sociedade atual neste tipo de comportamento:


O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os ­ filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. A­final, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.


Enfim, a identificação do bullying pelos pais, professores, orientadores educacionais e cuidadores é de suma importância para o combate, orientação e conscientização de quem pratica e de quem recebe, evitando assim, danos causados às vitimas e grandes prejuízos aos envolvidos nestas práticas criminosas.



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